sábado, 7 de setembro de 2013

São Luís de Cáceres

Airton Reis[1]
Quase oitocentos anos da história francesa perpetuada nos anais da humanidade pelo conhecimento universal. Mais do que uma Vila elevada à categoria de cidade no Brasil imperial. Mais do que o nome de uma diocese nascida sobre os princípios da secularidade fraternal. Mais do que a retomada de um nome valoroso além do cunho institucional. São Luís de Cáceres, nome patronal. São Luís de Cáceres, denominação imortal.

Mobilização municipal em audiência pública recentemente realizada. Município de Cáceres em alvorada cidadã ampliada. Município de Cáceres em respeito ao passado glorioso legado de geração em geração. Município de Cáceres em urgente redenção mais do que econômica ou social. Município de Cáceres, outrora “Vila Maria do Paraguai” (1778), e, depois elevada à categoria de cidade, “São Luís de Cáceres” (1874). Finalmente, alterada por decreto lei estadual (26/10/1938), para Cáceres, simplesmente.

Município de Cáceres, eterna princesinha do Paraguai nos meandros do Pantanal. Município de Cáceres, solene e soberana guardiã da fronteira internacional. Município de Cáceres, em augusto e respeitável marco territorial. Município de Cáceres, expoente relegado do crescimento regional no Oeste do Brasil Central. Município de Cáceres, em pleito legislativo preponente justo e legal. Município de Cáceres, tal qual como o município de Vila Bela da Santíssima Trindade*, caminhando de encontro aos primórdios do nome original.
Muito mais do que a perda de um nome grandioso no decorrer do Estado Novo repleto de exacerbada arbitrariedade. Talvez, a perda de um nome no esmorecer da fé cristã excludente em liberdade. Certamente, a perda de um nome no limiar do desenvolvimento político deveras conduzido com igualdade.
Anos de uma fragilizada administração pública fragmentada em ideal. Anos de um mesmo isolamento político e de uma continuada exclusão governamental. Anos de uma República Federativa de olhos fechados para a autêntica urgência da integração nacional.

Cáceres, doravante mais do que uma princesinha sem trono e sem príncipe consorte no desposar da sua mão. Cáceres, doravante mais do que a matriz de uma universidade estadual consolidada pelo ensino, pela pesquisa e pela extensão. Cáceres, resultante da máxima popular conduzida pela força da união.
Cáceres, doravante irmanada numa mesma missão institucional: Voltar a ser por força de lei (estadual) a nossa abençoada “São Luís de Cáceres”, numa clara e determinada manifestação de cidadania democratizada traduzida pelo mesmo reclame municipal.
Enquanto isso, todos nós filhos e filhas, amigos e amigas de Cáceres, vigilantes e atentos diante do aguardo de tal propositura parlamentar inerente à Assembléia Legislativa do Estado de Mato Grosso, aonde tal intento popular, de fato e de direito se estabelecerá. Quem nos representará? Assim seja. São Luís nos guarde, nos guie e nos proteja. Amém!
Tradicional Festival de Pesca Internacional de Cáceres-Mt

Marco do Jauru

Catedral de  São Luiz de  Cáceres e o Marco do Jauru


O Marco do Jauru é um monumento histórico, localizado no município de Cáceres em Mato Grosso.
Feito em Lisboa, de pedra lioz, o marco foi trazido desmontado ao Brasil, sendo montado e plantado à margem do rio Jauru, em 18 de janeiro de 1754 pelo 1º Governador e Capitão-General da Capitania de Mato Grosso, Dons Antônio Rolim de Moura Tavares.[1]
 A peça arquitetônica, seccionada em duas partes, portuguesa e espanhola, foi erguida com a finalidade de demarcar a fronteira territorial, estabelecida pelo Tratado de Madri, entre os domínios espanhóis e portugueses na América do Sul, e selou o fim das disputas territoriais entre os dois países na América.
Em 2 de fevereiro de 1883, pela iniciativa do então Tenente-Coronel Antônio Maria Coelho, o marco foi levado para o Largo da Matriz, hoje Praça Barão do Rio Branco, em frente à Catedral de São Luís, em Cáceres.1 Em Maio 2009, após oito anos de investigações de uma equipe multidisciplinar, liderado pelo historiador Sandro Miguel da Silva Paula, sargento do Exército, com a participação de geógrafos, historiadores, cartógrafos do Exército, engenheiros e professores da área de pesquisa, foi achado o sítio original do marco, situado a 544m da boca do rio Jauru, seguindo as indicações do matemático Francisco José Lacerda e Almeida e do astrônomo Antonio Pires da Silva Pontes Leme, que entre 1.780 e 1.790 realizaram uma expedição de Vila Bela da Santíssima Trindade (MT) a Capitania de São Paulo.
O Marco do Jauru é conhecido como o símbolo da soberania brasileira na fronteira oeste. É justamente dessa região que vem a maior parte do 6º contingente do batalhão do Exército Brasileiro presente na Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti, apelidado de "Força Jauru", em homenagem ao marco.

[1] Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Marco_do_Jauru <consultado em 07 de Setembro de 2013 – as 08h44min>


[1] Professor, poeta e embaixador da paz em Mato Grosso - airtonreis.poeta@gmail.com 

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